XXVII ENCC | 24 a 26 de Maio 24 | Avanca FPCC nas comemorações dos 50 anos do 25 de Abril de 1974 OS DITADORES MORREM, OS REGIMES PASSAM E OS FILMES FICAM O Encontro Nacional de Cineclubes é o espaço de encontro anual entre os cineclubes nacionais. O ENCC tem sido e continuará a ser, por excelência, o tempo e o espaço de encontro entre cineclubistas, tempo e espaço que proporcionam a oportunidade de conhecimento interpessoal, de aprofundamento relacional, de incentivo, criação e promoção de laços e redes de contacto e partilha. A Federação Portuguesa de Cineclubes convida todos os cineclubes a estar presentes neste importante momento de convívio, partilha e reflexão, para o qual é imprescindível a vossa presença, sabedoria e experiência. ___________________________________________________________________________ Programa Geral 24 - 6ªFEIRA 18H – Recepção 20H – Jantar 22H30 - DRIVE IN - BENJIFEST – Pardilhó Exibição de filmes produzidos pelo Cine Clube de Avanca o A ria, a água, o homem..., animação de Manuel Matos Barbosa – 5’ o A espuma e o leão, animação de Cláudio Jordão – 18’ o A felicidade mora aqui, documentário de Gladys Mariotto – 15’ o A Tua Vez, ficção de Cláudio Jordão e David Rebordão – 18’ o Navegar, vídeo clip de Helena Caspurro – 5’ o Cadeiras de Brincar, animação pelos jovens da Fundação Benjamim Dias Costa – 1’ 23H – DJaKIM 25 - SÁBADO 9H - Pequeno almoço PRESERVAR A MEMÓRIA E O FUTURO 10H - À CONVERSA com os realizadores: • Manuel Matos Barbosa • Manuel Paula Dias • Joaquim Pavão • Paulo D’Alva • Victor Lopes • Bernardo Cabral 13H – Almoço 14H - LEMBRAR THOMAZ VIEIRA E AMÉRICO SOARES • Jorge Seabra apresenta os seus livros sobre o cinema e o colonialismo. • António de Abreu Freire apresenta Thomaz Vieira a. Ator na primeira ficção portuguesa b. Exibidor ambulante em Moçambique c. Autor do livro autobiográfico O Homem que Morreu 4 Vezes • Diana Machiça apresenta Américo Soares a. 1º Presidente do Instituto Nacional de Cinema de Moçambique • Exibição de O ANÚNCIO de José Cardoso 20H - JANTAR 21H30 - Jorge Seabra apresenta cinema em África antes de 1974 26 – DOMINGO 9H – Pequeno Almoço OS CINECLUBES E AS ESCOLAS 10H - À CONVERSA com: • João Católico - professora de agrupamento de Escolas de Ovar Norte, Cinanima • Idalinda Terra - professora de agrupamento de Escolas de Estarreja, CC de Avanca • Artur Castro - Cineclube da Bairrada • Isa Mateus - FICC - Federação Internacional de Cineclubes, "Cine-education" • Graça Gomes - cineasta e animadora, CC de Viseu • Nelson Martins - cineasta e programador da Kinostrum nas escolas de Tomar. 13H – Almoço / Encerramento ___________________________________________________________________________ Local de realização A XXVII edição do ENCC terá lugar em AVANCA e conta com a cooperação do cineclube desta cidade e com o apoio do Instituto do cinema e Audiovisual (ICA). ___________________________________________________________________________ Inscrição Para ajudar a custear as despesas inerentes ao ENCC, a Direção da Federação Portuguesa de Cineclubes decidiu que os CC apenas pagarão os seguintes valores pelo alojamento e alimentação: - Cineclubes com quotas em dia (até 2 elementos) 40€ por pessoa; - Cineclubes sem quotas em dia (até 2 elementos) 80€ por pessoa; - Membros adicionais dos cineclubes terão que suportar a totalidade dos custos inerentes ao alojamento e alimentação. O pagamento pode ser efetuado por transferência bancária ou durante o Encontro. Em caso de transferência, enviar comprovativo para [email protected] (IBAN da conta do Santander da FPCC PT50 0018 000801960987020 61).

A Federação Portuguesa de Cineclubes deseja a todos os associados uma ano repleto de actividades e que alcancem todos os objectivos.

DIA DO CINECLUBE 2023 No Dia do Cineclube, celebremos o cinema, criador de mundos impossíveis e tempos paralelos, povoados por corpos de luz e de sombra, que nos seduzem e em que projetamos as nossas emoções, da alegria ao riso, da sideração ao terror. Comemoremos, com cada cineclube, uma comunidade de olhares em que cada um de nós inventa um cinema para si mesmo, na esperança de partilhar essa experiência individual, através de uma fala comum, uma conversa vadia e a revisitação em grupo. Celebremos a construção de uma memória sem a qual não é possível compreender o cinema, a sua história e a linguagem que ele reinventa em cada plano, em cada corte ou encadeado, em cada panorâmica ou travelling. Cultivemos o imprescindível sentido crítico, mas não abandonemos a cinefilia enquanto rendição subjetiva à legitimação de um gosto. Acreditai que não são contraditórios. Foi com a cinefilia que se foi fazendo, à velocidade de 24 fotogramas por segundo, a história do cinema. E foi a partir dela que o cinema se legitimou e conquistou o direito de fazer parte da história da cultura e da arte da nossa modernidade e da nossa contemporaneidade, esse lugar que Godard reivindicava em 1959, defendendo, para escândalo de muitos, o princípio de que um filme de Hitchcock era tão importante como um livro de Aragon. Mantenhamos vivo o ritual de sair para o espaço público de uma sala de cinema. Não por qualquer nostalgia serôdia, mas para ver cinema no seu lugar identitário, a sala escura, com o feixe de luz que a atravessa, na ânsia de atingir o ecrã onde, quando este se ilumina, nasce um mundo maior do que o nosso, onde atualizamos o nosso desejo, numa viagem que faz de nós viajantes sem residência fixa, comprometidos com uma errância que concilia o prazer com uma interrogação sobre os sentidos do mundo e sobre a nossa relação com ele. O que o cinema nos pede é que habitemos esse mundo como se fosse o nosso. Como, na realidade, é. Só na sala de cinema podemos viver a experiência de pertencer a uma comunidade de espectadores, enquanto lugar de convivialidade, descoberta e liberdade. Abílio Hernandez

O dia 14 de Abril, Dia do Cineclube, aproxima-se e com ele a festa que se fará nos cineclubes portugueses. Este ano, a FPCC convidou Abílio Hernandez Cardoso, para escrever a mensagem de homenagem ao cineclubismo. Abílio Hernandez é professor jubilado da Universidade de Coimbra, onde foi precursor no ensino de programas ligados ao cinema. Dirigiu a Capital Nacional da Cultura "Coimbra 2003", foi Pró-Reitor da Cultura, Director do Teatro Académico de Gil Vicente e Director do Colégio das Artes da UC. Para além da sua carreira universitária, sempre esteve ligado, de algum modo, ao cineclubismo.