24, 24, 24 edições, 24, 24, 24 edições, 24, 24, 24 edições, 24, 24, 24 edições,
24 cineclubistas juntos parece que fazem um segundo de cinema.
No entanto, quando em “loop”, tudo aponta para que nasça “Uma História Interminável”.
Por entre os painéis, todos os momentos, na tertúlia, parece que foi assim em Faro no inverno passado.
Por ali as noites e o tempo de sol aqueceram perante a descoberta das curtas metragens e dos cineastas que o Algarve tem dado ao cinema português. Foi também por ali que a proximidade nos tornou mais involucrados nesta junção a que demos, vai para muito tempo, o nome de Federação.
De Faro ou de todos os encontros seguintes, que tornam o país cinematográfico mais compacto, nasceu um “Dia do Cineclube” e um ziguezague deu conta de como o território pode encontrar uma razão de existência potente, de diversidade, mas de clara comemoração.
Em comum temos uma língua. Uma marca cultural ampla que ultrapassa o território da nossa federação. Uma ferramenta de proximidade que sussurra constantes e fáceis intercâmbios de conhecimento. Uma praia que se expande, que nos comunica pelas legendas a universalidade da nossa forma de vida. Língua e cultura que António Loja Neves sempre soube empolgar em debates acessos, em programações de revolução, em foco para onde o português se mistura mas une.
Esteve nos primeiros dias desta FPCC e está agora num prémio que abraça filmes e cineastas no continente que fica já aqui ao lado (a um tiro de Faro, portanto).
Os primeiros 6 filmes de 6 cineastas que em África falam português, marcaram o primeiro passo que o seguinte ditou o primeiro premiado do Prémio António Loja Neves.
Alargou-se o espaço de tudo, do território naturalmente, dos filmes, dos cineastas e dos cinéfilos por consequência. Ou seja, agora somos mais e temos razões para a proximidade ser maior.
Felizmente que a terra é plana, como tão bem nos soube explicar Galileu, garantido está que daqui nunca cairemos e também daqui não parece que tão cedo iremos fugir. O plano por isso é aplainar ainda mais este nosso planeta para que nestes dias na Curia, ele seja ainda mais plano, próximo, pequeno suficiente para reunir numa única sala um cinema de “loop” apaixonante, abrangente, empolgado e construtor.
Na Curia entreabre-se a possibilidade de ver filmes do Centro do país, dos seus cineastas, mas também do que as novas gerações têm mostrado ao experimentar fazer filmes, imagem a imagem, com os seus cineclubes.
Num plateau de água que dizem única (por isso termal), painéis juntarão cineclubistas à volta do que parece precisar de se debater, pensar, fazer crescer.
Assim, em português e em todas as línguas, as Termas da Curia serão neste novembro de 2019 um momento para comemorar um abraço entre nós e os nossos colegas de todas as federações do nosso pequeno planeta.
Vamos juntar, com a FICC, mais debate, olhares culturais e sobretudo vamos ter neste ENCC número 24, mais do que 24 cineclubistas para segundos sem fim do cinema de cada um.